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FCC marca fim da neutralidade da rede nos Estados Unidos para 11 de junho

sexta-feira, 11 de maio de 2018



A neutralidade da rede nos Estados Unidos já tem data para chegar ao fim: 11 de junho. A informação foi confirmada em um comunicado enviado pelo escritório do diretor da FCC, Ajit Pai, nesta quinta-feira, 10. Com as novas regras em execução, as operadoras de internet poderão restringir o acesso a alguns serviços online e exigir que os assinantes paguem mais caro para liberá-los, por exemplo.

“No dia 11 de junho, nós teremos regras que encorajam inovação e investimentos nas redes de nossa nação para que todos os americanos, não importa onde eles vivam, possam ter um acesso melhor, mais barato e mais rápido à Internet e aos empregos e plataforma para a livre expressão que ela proporciona” disse o chefe da FCC, Ajit Pai, em nota.

Com a mudança, um provedor poderá, por exemplo, fornecer um pacote básico de internet com acesso restrito a redes sociais e serviços de mensagens, bloqueando todos os demais. Para liberar sites de streaming como Netflix e YouTube, seria necessário por pagar mais. Isso, inclusive, já era uma prática comum antes de a neutralidade da rede ser tornada lei pelo ex-presidente Barack Obama.

Em um comunicado separado, a comissária da FCC Jessica Rosenworcel criticou a decisão da própria agência em revogar a neutralidade da rede. “A FCC está no lado errado da história, no lado errado da lei e no lado oposto à da população americana”, publicou em nota. A medida também gerou protestos de expoentes da tecnologia, empresas e cidadãos americanos logo assim que foi aprovada.

Apesar da decisão desta quinta-feira, 10, a queda da neutralidade da rede ainda pode ser impedida. Na próxima semana, o Senado dos Estados Unidos votará a decisão da FCC. Se aprovada, a discussão passará ainda pela câmara dos deputados e pelas mãos do presidente Donald Trump.

- Fim da neutralidade pode chegar ao Brasil

Protegida pelo Marco Civil da Internet, a neutralidade da rede também está sendo colocada em risco no Brasil. Logo após a votação na FCC, operadoras brasileiras começaram a preparar uma ofensiva para derrubar a regra por aqui. Entretanto, o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que garantiu que o princípio de isonomia de internet não está ameaçado no Brasil - ao menos não por enquanto.


Fonte: Olhar Digital
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