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Google pode receber multa recorde da UE por acusação de monopólio

sexta-feira, 8 de junho de 2018



Em maio deste ano, autoridades dos Estados Unidos e União Europeia começaram a dar sinais de que estariam investigando a Google por acreditarem em monopólio em diversas áreas. Segundo reportagem do The Financial Times, isso não só está acontecendo como a gigante deve receber a maior multa já lançada pela UE. Embora o montante deva ser divulgado somente em julho, as estimativas do veículo são de algo na casa de US$ 11 bilhões, o que representa 10% do turnover da Alphabet, marca detentora da Google.

A Comissão Europeia está investigando ações no Android. A acusação é de que a empresa estaria limitando o acesso ao Google Play Store, a menos que fabricantes não adicionassem também os aplicativos do Chrome e o de pesquisas da Google aos devices. Tão ação seria considerada algo semelhante à “venda casada” aqui no Brasil, o que é proibido pelas regras antitruste europeias.

Há ainda a informação de que a empresa estaria impedido que as fabricantes também criassem versões diferenciadas do Android, como parte de um acordo anti-fragmentação.

Analistas acreditam que seja improvável que a Google receba uma multa tão alta da UE. Entretanto, é bem possível que seja um novo recorde desde a criação da união econômica e política. Mesmo que não bata a casa de uma dezena de bilhar, acima de US$ 2,7 bilhões já configura um novo marco.

Outros casos

Esta, inclusive, não seria a primeira vez que a Europa penaliza a Google, já que este recorde de US$ 2,7 bilhões é justamente da detentora do mecanismo de buscas. Em junho do ano passado, a mesma Comissão julgou a empresa por conta de manipulação de resultados de buscas que privilegiava seus próprios serviços em detrimento de concorrentes.

Outra companhia que passou por algo semelhante foi a Microsoft. Dez anos atrás, a gigante do sistema operacional foi acusada de venda casada, ao obrigar empresas a adicionarem o Windows Media Player aos aparelhos com Windows. Além de uma multa, a Microsoft ainda teve de criar uma versão europeia do sistema operacional a qual não vinha com o tocador como padrão de fábrica. A mesma coisa aconteceu também com o Internet Explorer como navegador obrigatório.

Fonte: Financial Times

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