Lançada em setembro de 2011 e desativada em março de 2016, quando ficou fora de controle, a primeira estação espacial chinesa, a Tiangong-1, deve cair na superfície da Terra a qualquer momento a partir de março de 2018. Segundo previsão de especialistas da Aerospace Corporation, empresa americana de produtos aeroespaciais, os destroços da espaçonave de mais de oito toneladas deverão atingir o planeta por volta do dia 3 de abril.
Quem também já fez cálculos sobre a possível data da colisão é a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). A instituição acredita que a Tiangong-1 deve colidir com a Terra entre os dias 24 de março e 19 de abril.
De qualquer forma, independente de termos uma data, o certo é que os destroços da estação atingirão a superfície do nosso planeta e os especialistas alertam que isso representa um perigo não apenas pela força do impacto, mas também pela possível dispersão de substâncias altamente tóxicas, especialmente a hidrazina, que pode resistir à reentrada na atmosfera terrestre.
A Aerospace Corporation acredita que a região mais provável da queda da Tiangong-1 seja algum ponto do globo situado entre as latitudes de 43º norte e 43º sul.
O matemático brasileiro Marco Caetano, professor de pós-graduação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), compartilhou em seu perfil do Twitter um mapa com as regiões que correm o risco de serem atingidas pelos destroços da estação espacial chinesa. Muitas cidades do sudeste e do nordeste do Brasil, grande parte dos Estados Unidos e da África e a maioria dos países do sudeste asiático, bem como o norte da Austrália, são possíveis alvos. "Mais provável que seja no mar da Oceania", comenta Marco Caetano na rede social de 240 caracteres. Ele completa dizendo que somente na véspera da colisão é que teremos a confirmação da área.
Porém, a empresa americana assegura que as probabilidades de os restos da estação atingirem regiões povoadas são quase nulas, mesmo se considerarmos o pior dos cenários. "Na história de voos espaciais, ninguém sofreu danos por restos de espaçonaves que tenham reentrado na atmosfera", divulga a Aerospace Corporation em nota enviada à imprensa.
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